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Cuidados necessários com a pele em exposição ao Sol

10 de Dezembro de 2015 às 09h00

Como país tropical, o Brasil possui temperaturas elevadas o ano inteiro. Por esse motivo, é imprescindível tomar alguns cuidados com a pele de modo a protegê-la dos raios ultravioleta, emitidos principalmente pela luz solar. Para falar mais sobre o assunto e esclarecer dúvidas, o Blog da Saúde MG entrevistou a médica Ana Regina Coelho de Andrade, médica voluntária do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas. Acompanhe:

1) Qual a importância do filtro solar na vida das pessoas?

A radiação solar é responsável por várias reações fotoquímicas e fotobiológicas importantes. Elas podem ser imediatas ou tardias. Entre os efeitos imediatos estão o eritema (vermelhidão), o aumento da temperatura, o espessamento (rachaduras), a pigmentação imediata, a pigmentação persistente, o bronzeamento e a produção de vitamina D. Os efeitos tardios incluem o fotoenvelhecimento (pele manchada e surgimento de pequenos vasos, perda da elasticidade e diminuição do colágeno, e consequentemente, aparecimento de rugas), e os cânceres cutâneos. O filtro solar impede que a radiação solar cause danos na pele e que o DNA das células cutâneas seja danificado e possa desencadear, a longo prazo, os cânceres cutâneos e o fotoenvelhecimento.

2) Há algum horário indicado para o banho de sol?

A radiação solar é composta por radiação infravermelha, luz visível e ultravioleta. A radiação solar ultravioleta é a maior responsável pelos danos cutâneos, em especial os cânceres. O horário de maior incidência da radiação ultravioleta ocorre entre 10h e 15h, sendo assim, não é recomendável a exposição ao sol neste horário. Antes das 10h e após as 16h é o melhor horário para o banho de sol. Porém, o uso do protetor solar é imprescindível.

3) A vitamina D é essencial ao ser humano e é adquirida por meio da radiação solar. Há alguma outra maneira de consegui-la?

A vitamina D é produzida na pela sob o estímulo da radiação solar, em especial a radiação ultravioleta B. Ela tem como principal benefício a saúde óssea, prevenindo o raquitismo e a osteoporose. No entanto, não existem evidências consistentes e conclusivas de que a vitamina D reduziria o risco de desenvolvimento de outras doenças crônicas. É importante ressaltar, também, que poucos minutos em exposição solar são suficientes para a produção da vitamina D e o uso regular de protetor solar não leva à deficiência de vitamina D. A pele do idoso exposta à radiação solar produz menos vitamina D, portanto, a suplementação deve ser feito via oral com recomendação médica.

4) Quais são as principais doenças de pele causadas pela exposição exacerbada ao sol?

Além da queimadura solar, como reação imediata, e os cânceres cutâneos como reação tardia, outras doenças de pele podem ser desencadeadas e influenciadas pela luz solar, como o lúpus eritematoso, a rosácea, o herpes simples, a dermatite de contato, a urticária solar, a fotossensibilidade por medicamentos como diuréticos, antibióticos, antiinflamatórios e hipoglicemiantes ou medicamentos para o diabetes.

5) Essas doenças citadas têm tratamento e cura?

O mais importante é diagnosticar o quanto antes essas dermatoses. Para isso, é fundamental consultas periódicas com dermatologistas de modo a controlar e tratar possíveis doenças.

6) Quais são os cuidados que devemos ter ao expor as crianças ao sol?

Crianças menores de seis meses não devem ser expostas diretamente ao sol e nem usar protetor solar com regularidade. Crianças maiores de seis meses podem e devem usar protetores solares adequados para o uso infantil e com fator de proteção solar – FPS – maior que 30. Os adultos devem usar regularmente protetores solares com FPS maior que 30. É importante reaplicar o protetor a cada 2h no caso de exposição prolongada ao sol. Quanto maior o FPS, menor a quantidade de radiação ultravioleta que chega à pele, daí a importância do uso de protetores solares com FPS mais elevados.


Fonte: Secretaria de Saúde de MG

 

 

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